O daltonismo das coisas que queremos faz-nos ficar sem saber se havemos de avançar, recuar, ou ir andando com prudência. (by Rosa Cuequinha)
Falávamos de lutas ontem... daquelas lutas que deixaram de existir e têm feito secar o ser no seu todo. Eu vou-me agarrando à grande luta que ainda controlo. E sabes porquê? Porque as outras têm sempre um quanto de injustiça, um quanto de morte precoce que nos fazem cair vezes sem conta devido, exclusivamente, à falta de compreensão das verdadeiras necessidades. É estranha a forma como nos tornamos repetitivos. É estranha a forma como vão abrindo cada vez mais o fosso da ruptura. Sabes o que não é nada estranho? As atitudes precipitadas de afastamento que criam um mundo envolvente desagradável através, simplesmente, da desilusão e da falta de entendimento real das tais necessidades. Não olham para nós como pessoas de possíveis dúvidas... Não olham para nós como seres que também têm medo, receio e desorientação... A única diferença que ainda reside em nós é o facto de não nos deixarmos sucumbir à primeira indecisão... Nós deixamos acalmar, orientar e só depois agimos... Porque sem um pouco de paragem e esforço para conhecer as reais vontades não devíamos decidir nada! A ponderação dos prós e dos contras nunca nos afectou e muito menos tivémos algum dia medo de chegar à conclusão que não dá! O que nos continua a marcar pela diferença é que ao assumirmos tal escolha não mudamos de atitude radicalmente... Tratamos de a adaptar à situação...
Existe o oito e o oitenta, o tudo e o nada... Tentem lá parar para ver que a maturidade não se constrói nestes extremos mas nos restantes números entre estes dois... Cresce na forma inteligente como gerimos todas as confusões...
Sabem? Nós também as temos, também as vivemos e também temos alturas que nos apetece ser radicais e viver de extremos.
Mas a maturidade (felizmente!) fala sempre mais alto...
6 comentários:
A maturidade constroi-se de todas as experiencias do dia-a-dia.. hoje mais um bocadinho que ontem
beijinhoss
Às vezes mais vale atirarmo-nos de cabeça!Andar a medir prós e contras estraga tudo e ainda ficamos mais baralhados...
Fiquei curiosa e fui à procura da definição de "maturidade". Eis o que encontrei:
"Dentro de uma visão psicológica, diz-se o ser humano maduro, aquele que tem uma grande experiência de vida e uma visão melhor dessa no seu sentido filosófico. A maturação, nesse sentido, pode ocorrer após ou durante uma crise psicológica, desencadeada, geralmente, por algum evento importante na vida do indivíduo."
Eu vivo sempre nos extremos, não sei se isso é bom ou mau. E quanto ás lutas.. acabo sempre por me descontrolar. Gostei muito do texto, tem a sua lógica e razão :)
Simplesmente perfeito :D
Desculpa lá a invasão ^^
Olha eu ali! :)
Agora, sobre as tuas palavras...
A sensação progressiva de afastamento é das piores, talvez por sentirmos isso por vezes nos dê vontade de abalar o mundo de alguém e querer uma reacção - um acorda, não vês que assim vais perder o que temos?.
Ou então sou eu a "ler" demasiado nas entrelinhas :)
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