quinta-feira, junho 26, 2008

Olhando o infinito!



Finito! Após terminar este relatório fica a faltar somente uma defesa. Nada de muito aterrorizante, até porque será 30 minutos que passarão a correr. Finalmente chegou ao fim este ano. Foi duro... muito duro por sinal! Especialmente os últimos 7 meses foram qualquer coisa de transcendente. Hoje páro e vejo um emaranhado de situações que me fizeram subir e descer ao mais alto e mais baixo de mim. Foi um acumular de situações desgastantes e gratificantes que abalaram o ser de uma maneira que julgava inexistente. Foram pessoas que entraram na minha vida, foram pessoas que saíram, foram mudanças nas relações existentes, foi um aproximar e afastar à velocidade da luz. Por vezes nem houve tempo para respirar... Havia a vontade de desistir em guerra com a vontade de ultrapassar e vencer. Foram travadas imensas batalhas e senti-me uma verdadeira guerreira. Comecei o ano com a oferta de um livro fantástico que só se referia a batalhas e a guerreiros. Não conseguia perceber o que é que aquilo tinha a ver comigo ou com o que estava a acontecer nas nossas vidas... Acho que finalmente percebi a importância de tal objecto. Foi ele que me fez levantar e erguer novamente. Mesmo ferida as batalhas estavam à minha frente a pedir compulsivamente que as vivesse. Porque o que importava não era vencer ou perder... era somente viver! Entreguei-me a causas tão minhas com unhas e dentes... Meti na cabeça que tinha de agarrar a oportunidade de ser feliz com aqueles que Ele um dia escolheu para mim... porque os importantes permanecerão sempre por mais tenebroso que seja o caminho... E consegui agarrar! Consegui sentir o aperto no peito, o sorriso no rosto, o arrepio na pele, o abraço quente, o beijo doce, a vida presente... A vida presente nos medos e nas inseguranças, a vida presente nas fugas e libertações, a vida presente nas desilusões e na dor... Consegui respirar quando julguei impossível... Estava no tal casulo e consegui alcançar o sonho de ser borboleta... Voei alto e quero continuar a voar... Quero sentir mais metamorfoses na minha vida... Quero quebrar correntes e pintar vidas... Quero ser luz na noite! Quero ser novamente aquela Lua cheia que tanto brilho emanava... Só que preciso de descanso... Preciso de parar e voltar a encher-me com tudo aquilo que tinha reservado e que foi entregue ao longo de todo este percurso. Foi entregue a quem tinha que ser entregue... na altura que tinha que ser entregue!
Agora só preciso de descansar... preciso de voltar... preciso de me perder num sonho só meu...


Um grito de alma... cansado!!

Y Ceci
Até breve!

quarta-feira, junho 25, 2008

Acordes Eternos



Na maior parte das vezes, só damos valor às pessoas quando as perdemos ou estamos em risco de as perder. Quando o coração se aperta muito e ficamos sem ar só de pensar nessa possibilidade...
Muitas são as pessoas que pegam numa caneta e teimam em marcar a tinta permanente a folha da nossa vida... Desenham, pintam, escrevem... Fazem um sem número de marcas que, por muitos anos que passem, permanecerão. E é uma dessas marcas que deixarei aqui hoje... Deveras importante, por sinal... A nostalgia da recordação de momentos únicos que irão para sempre ser lembrados como acordes eternos...

Vens em ondas de som,
Trazes intermitências de algo
completamente semelhante ao que vejo
mas com a essência de que sinto...
Sabes-me a Eu a ser Eu!
Um eu preso aí, fugindo com medo,
tremendo com o arrepio de te sentir...
És tu, és tudo o que levas,
és a vontade e a realização,
o aplauso, os acordes da meditação,
a suavidade de não existires
senão aqui dentro, dançando,
sorrindo com um olhar,
daqui, de nenhum lugar...
Compassos de repetições extenuantes
de improvisação previsível mas desconhecida,
ritmada por uma beleza íntima.


Sento-me sobre ti, algo que és...
Sinto-te tocar-me todos os vértices,
faces inconcretas de mim.
Fascina-me a tua forma, a falta dela!
A cor que não tens é a mesma que imagino...
Onde estás afinal?
Não, não tu, mas o que de ti sonhei...
concepção perdida de momentos a que me entreguei,
construção indevida de um mundo que criei,
ilusão induzida pelos momentos em que te amei...
Noutro mundo, algures
onde me levaste a viver efemeramente,
eternamente...

segunda-feira, junho 16, 2008

New Time...

Eh... mas tenho ainda muita coisa pra arrumar.

Promessas que me fiz e que ainda não cumpri.

Palavras me aguardam o tempo exacto pra falar.

Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir...


Já sei olhar o rio por onde a vida passa

Sem me precipitar e nem perder a hora.

Escuto no silêncio que há em mim e basta.

Outro tempo começou pra mim agora!


sexta-feira, junho 13, 2008

Algo que se perdeu...


Sms´s! Aquelas curtas mensagens que enviamos vezes sem conta. Aqueles enxertos de conversa que temos com amigos, conhecidos, familiares ou até mesmo desconhecidos... Aqueles pedaços nossos e dos outros que são compartilhados e, que por vezes não têm significado algum, mas outras vezes estão carregados de importância. Alguns têm a caixa de mensagem vazia, outros cheia... Eu tinha a minha "pequena" caixa de mensagens quase cheia de inúmeras sms´s de pessoas especiais. Mensagens que tiveram um gosto diferente de qualquer outras. Ao lê-las sentia-me regressar a cada acontecimento e dava por mim a divagar... Ora me lembrava do sítio, ora da pessoa, ora do tempo... Qualquer coisa estranha e tão deliciosa que me fizeram guardar essa mensagem. Hoje o telemóvel decidiu evaporar essas mensagens. Assim do nada, dei por mim à procura dos doces sentimentos que delas brotavam e não os encontrei. Senti que perdi aquele amontoado de letras, carregado de sentimento e significado para sempre... Porque infelizmente não mais me lembrarei de 75 mensagens ao pormenor. E isso entristece-me demais...


Algo que se perdeu...


Talvez um dia volte a encontrar...
Y Ceci

quarta-feira, junho 11, 2008

Forças Estranhas...


O dia começou cedo.. 5.45 e o despertador teima em entoar aquele som irritante... Mas tem que ser. Só faltam dois dias de estágio e o Verão parece que veio para ficar. Hum... Que bom aquela brisa quentinha... Que bom aquela luz madrugadora... Que bom viver mais um dia... Acordei com uma força estranha... Uma alegria que se tem escondido por detrás de um poderoso cansaço... Hoje não houve cansaço, não houve desânimo... Houve paciência, algum trabalho e muito bem estar. E mesmo sendo bombardeada pelas notícias das paralisações e das crises, dos aumentos e das guerras, não me deixei abalar. O caso é preocupante? É, deveras. Mas o que nos resta no meio de tanta confusão? Cair ainda mais? Não me parece. Impressionou-me a forma como, no meio de tanta crise, ainda arranjam forma de a contornar e tentar tirar prazer de certos momentos que a vida nos dá. A fábrica onde estou a estagiar lembrou-se que devia encerrar 1.30h mais cedo só para que todos pudessem ir ver o jogo de Portugal. E não interessa se as pessoas gostam ou não de futebol. O bem foi para todos. Quem quis ver assim o fez. Quem não quis, aproveitou aquelas horas para o que bem lhe apeteceu. Alguns de vocês podem achar uma palermice. Que seja! O que é certo é que foi mais uma força estranha que conseguiu perdurar este bem estar que se instalou em mim hoje... E depois de um banho turco e de um Xeque-Mate não me importo nada que venha um chocolate suiço e mais algumas conquistas. Trata-se de uma forma igual a tantas outras, estúpida ou não, de desanuviar. Se se alegram com conquistas de outros desportos, alegrem-se também com as conquistas deste. E não se trata de um mero desporto. Há que reparar na união do país, mesmo quando tudo e todos andam às avessas... Se não há outra forma de unir este país à beira mar plantado que seja desta... Não me parece que se cometa nenhum pecado =) *


Orgulhosamente Portuguesa!

Força Portugal!

Um alegria de cada vez... O povo agradece!


Ceci Y

quarta-feira, junho 04, 2008

Vê!


"Olhas-me.

Vês-me?

Sentes-me?

Consegues chegar a mim?

Consegues tocar-me?

Consegues sentir a gélida lágrima que cai do meu rosto?

E o meu sorriso?

É sincero? É terno? É meu?

Estendes a mão... Estendes mais um pouco...

Começas a inquietar-te.

Levantas-te e avanças na minha direcção.

Não consegues alcançar.

Apressas o passo, mais rápido, mais rápido....

Desatas a correr.

Alcanças algo. Sorris.

O sorriso perde-se.

Afinal a única coisa que conseguiste alcançar foi...

A minha sombra, o teu pensamento sobre mim, o que pensaste ter...


(...)


Acorda. Foi um sonho. Mas a realidade não é assim tão diferente... "

Tantas e tantas vezes que damos por nós completamente conformados ao nosso mundinho, acomodados no nosso canto, pensando só em nós. Pensamos que quando algo de menos bom acontecer com o outro iremos notar, uma vez que somos pessoas atentas. Iremos sempre saber o que fazer e o que dizer ao outro. No entanto, a realidade é bem diferente. Estamos tão cingidos a nós mesmos que quando dermos conta, já não fazemos a mais pálida ideia do que se passa à nossa volta. Olharemos uma, duas, três vezes e tudo será estranho. Iremos querer voltar para nos apercebermos do que se passa e já é um pouco tarde. Secalhar todos aqueles minutos que desperdiçaste a dizer que a outra pessoa era forte, tinha coragem e conseguiria ultrapassar os obstáculos seriam os minutos essenciais e fulcrais para a tirares do abismo... Abre os olhos... Olha menos e vê mais!


Ceci *

segunda-feira, junho 02, 2008

Eyes Wide Shut?!

Dou um passo em frente rumo a um futuro incógnito, rumo ao admirável mundo novo de que todos falam... Vou atingindo-o aos poucos... No entanto, dizem que se encontra pintado das cores do arco-irís... mas eu não as vejo! Vejo antes um rasto branco, misturado com o preto dos meus olhos semicerrados... Há ali qualquer coisa que precisa de definição e não me encontro com essa capacidade... As formas misturam-se e as linhas deixam de o ser... Visualizo pontos isolados. Pontos ocasionais ou já foram linhas e formas e teimaram em regressar à mediocridade? Tenho medo desse retrocesso. Será que pensas que ele existe em mim? Ou estarei somente na fase de repouso? Eu prometi que iria sempre pintar com tinta permanente e nunca a grafite para não me habituar à facilidade da borracha... Mas... Seria mais fácil não seria? Seria menos complicado... Não teria de lidar com decisões nem com responsabilidades... Mas perderia todo o encanto. Perderia toda a capacidade de ver as tais cores que me querem mostrar... Sim! Porque ainda há quem tenha a capacidade e a ousadia de me desafiar, de mexer com aquele bichinho que tenho dentro de mim... Há quem me queira ajudar a abrir os olhos e a lutar comigo na direcção da nitidez sincera do mundo desfocado de hoje. Gosto da forma dura como me têm mostrado o caminho. Gosto da forma como me sustentam, até terem a certeza que usarei da melhor forma a força que me ajudaram a criar. Gosto de quando forçam uma lágrima, pois sabem perfeitamente que atrás dessa virão muitas mais e que o espírito será um pouco mais liberto... Gosto de quando me ensinam não só a olhar mas, especialmente, a ver: a ver o interior e a olhar o exterior. Conseguem que conjugue estas duas capacidades numa só. Gosto do espicaçar da perspicácia e da persistência... Gosto dos enigmas diários e de sentir que tenho que lutar para conseguir obter algo... A adrenalina inerente ao incógnito faz-me ter a percepção de que só quando tiver a capacidade de ver tudo o que me rodeia de olhos fechados, serei capaz de alcançar as cores do admirável mundo novo e toda uma definição que parte, primeiro, de uma consciência pessoal do que se pretende obter da incalculável estadia...