domingo, março 23, 2008

Auxílio...

Sentia que o mundo desabava em cima de mim. Sentia que tinha perdido o chão que me sustentava. Tudo em meu redor não passava de uma miragem. Os cânticos teimavam em soar. Eram cânticos de alegria e esperança e eu só conseguia fixar o teu rosto e perguntar-te "Porquê?". Não encontrei resposta. Continuava a cantar. Queria proclamar-te com toda a minha força apesar de não perceber porque me tinhas sujeitado àquilo. Ainda hoje não percebo. Mas também não é importante. Importante foi a presença daquelas duas pessoas únicas que tanto gosto. Importante foi o surgir do meu sorriso, fruto de todas as brincadeiras que me faziam. Importante foi toda a ventania que nos envolveu naquela curta viagem. Importante foi o não me deixarem cair. E isto tudo sem se aperceberem do que faziam. Tinham que ser vocês a estar presentes ontem, quando toda a minha alma chorava e desesperava. Consegui encontrar a calma que precisava em cada olhar, em cada toque, em cada gargalhada motivada por uma piada sem graça nenhuma. Foram momentinhos simples, normais como tantos outros mas que tiveram um sabor diferente. Momentos passados num sítio tão banal como uma marisqueira e um café, onde simplesmente deixamos de parte o mundo de fora e nos concentrámos nos seres que partilhavam aquele tempo conosco. Foram auxílio e refúgio. Porque eu bem que adivinhava que esta Páscoa não ia ser fácil. Decidi aceitar o que tinhas para mim. Decidi que ia dizer o que Tu um dia disseste: "Faça-se a Tua vontade." E não me arrependo de ter aceite, mesmo que às cegas, o desafio...


É que eu acredito quando dizem:
"Quando Deus nos fecha uma porta, abre-nos (sem dúvida) uma janela."




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