terça-feira, julho 21, 2009

O meu herói campista...

Meu anjo... Lembraste da última vez que nos vimos? Pois foi... Apareceste à minha frente, assim do nada. Reconheceste-me... Vieste ao meu encontro... Mas estavas tão diferente. O cabelo não era o mesmo... Tinhas crescido. E eu fiquei ali, imóvel a tentar perceber de onde te conhecia. Hum... Rapidamente me assolaram inúmeras recordações. Lembrei num segundo as tuas brincadeiras para com as empregadas do parque de campismo... Lembrei aquela comida enlatada que teimavam em comer dia após dia. Lembrei-me de quando irritaste o Trindade e eu fiquei com o coração nas mãos por ti... Lembrei-me do teu ar ingénuo, maluco e diferente... E agora estavas ali. 4 anos depois sem marcarmos encontro, sem planearmos nada... Encontraste-me no meio da multidão. Cresceste em atitudes, em beleza e especialmente em sinceridade. Colocaste o teu sorriso mais sincero, o teu olhar mais bonito e disparaste memórias passadas como se não houvesse amanhã...

(...)

E para nós não houve mais. Hoje cheguei ao hi5 e morri por dentro com a notícia. Tinhas voado para longe... bem longe! Porquê? Não me davam respostas e eu comecei a desesperar. Foram tempos de choque, estupefacção, aperto no coração e princípio de dor... Começou a doer aos poucos... Primeiro o peito, depois os olhos, por fim a cabeça. Já só queria descansar, não pensar mais naquilo que teimava (e continuo a teimar) em não querer acreditar. Tu passavas a maior parte do tempo longe de mim, é verdade... Mas momentos como aqueles que passamos em 2004 ninguém nos tirará. Nunca te esqueceste de mim como eu nunca me esqueci de ti. Planeámos uma visita a Londres, mais uma ida às Queimas do Porto e de Coimbra e por fim um inter-rail. Queríamos adrenalina, emoção, vida. E, foi numa das tuas paixões, que isto tudo te foi roubado.

(...)

Quero dormir e não consigo. Quero trabalhar e continuo a não ter cabeça. Só penso em ti e na forma como nos deixaste.

(...)

Eu sei que não queres que sofra. Eu sei que estás aí a guiar-me... Mas tinhas tanto para viver! Eras inteligente e só me dizias que agora que tinhas acabado o curso precisavas de um ano de descanso. Trabalhavas num bar e querias ensinar-me uns truques. Sonhos e mais sonhos, promessas e mais promessas.

(...)

Tudo porque achámos que o amanhã era sempre suficiente para os/as realizar... Não aprendemos!

E agora que te tenho longe, dou por mim a fixar uma silhueta só tua... Uma silhueta única que me fez sorrir vezes e vezes sem conta... e que agora (espero!) me olhe a sorrir lá do sítio fantástico onde se encontra.

Estarás sempre em mim...

RIP Prada, meu herói campista!

1 comentário:

afectado disse...

Que descanse em paz!