sexta-feira, maio 22, 2009

Human or Dancers?


Afinal de contas, somos humanos ou somos dançarinos?

No meio de um barulho ensurdecedor e de um brilho inconstante de luzes dou por mim a vaguear... Vagueio entre vidas desconhecidas e sinto-me fora do meu mundo. Todas essas vidas dançam. Os movimentos alternam entre o ousado e o discreto, como que a retratar uma tentativa de libertação. E eu simplesmente fico ali a admirar...

Reparo na quantidade de sorrisos. Alguns forçados e disfarçados, outros sinceros e envergonhados... Reparo na quantidade de expressões confusas que me fazem questionar acerca da veracidade de sentimentos... Reparo nos movimentos corporais imprevisíveis no meio de uma rotina sonora fácil de prever.

Acabo por sair de mim e fico a observar-me. Também eu, perante o estonteante ambiente, me falsifico um pouco. Retrato o meu melhor sorriso quando vejo alguém que realmente gosto e me faz bem... mas mergulho, no momento a seguir, na obscuridade das minhas indecisões. Não fingi nada. Simplesmente transmiti, mais do que gostaria, todo o rebuliço, que não é mais do que uma conjugação de situações desgastantes.

Observo mais um pouco o que me rodeia. Rapidamente me chegam mais situações que me fazem reflectir acerca da humanidade da dança da vida.

Nas danças de hoje, tão rápido nos aproximamos como nos afastamos... pouco é o tempo que permanecemos! Tentamos quebrar imediatamente uma possível ligação com base em consequências futuras. Esquecemo-nos de como é bom permanecer nos braços de alguém, rodopiando energicamente. Esquecemo-nos do sabor delicioso de algo bem mais prolongado... E, tal é o mecanismo de defesa, que nos esquecemos também que até a mais fugaz ligação deixa marca...

Tentamos controlar o nosso ritmo tal como tentamos controlar a nossa vida. Sujeitamo-nos, muitas vezes, a arritmias difíceis de lidar! E no meio do esgotamento físico e psicológico há que reparar se os sinais estão vitais...

Como? Procurando a resposta há muito ansiada? Cortando a corda de ligação a um passado que não passa disso mesmo? Fazendo com que o coração bata novamente?

Não sei... A única coisa que sei é que, por vezes, se têm que deixar partir... seja o sentimento, o medo, o nervosismo, a angústia, a desilusão, a pessoa... Não importa! Há que deixar partir o que simplesmente necessita de partir!

E de mim, neste momento, necessita de partir toda a ansiedade, toda a culpa, toda a ousadia de uma dança que não é a minha... para eu voltar a ser humana!


Às vezes penso se algum dia serei feliz enquanto ouço uma voz dentro de mim que me diz:

Chorei
Mas não sei se alguém me ouviu
E não sei se quem me viu
Sabe a dor que em mim carrego e a angústia que se
esconde
Vou ser forte e vou-me erguer
E ter coragem de querer
Não ceder, nem desistir eu prometo

Busquei
Nas palavras o conforto
Dancei no silêncio morto
E o escuro revelou que em mim a Luz se esconde
Vou ser forte e vou-me erguer
E ter coragem de querer
Não ceder, nem desistir eu prometo

1 comentário:

Néua disse...

Pois é a imagem é a mesma :P

Só mostra que andamos em sintonia lolol
...”às vezes pensas se serás feliz…” ???? devias pensar k SIM serás feliz sem duvida alguma :)

E faz da vida uma dança…k por vezes conduzes e outras vezes te deixas conduzir...continua a ser humana…mas uma humana k faz da vida uma dança :)

Gosti*****