- Temos a história do buraco no plástico do chão. Também quem é que se lembra de colocar um grelhador eléctrico a cozinhar em cima do plástico???!!! Nós! E bota a apanhar choques devido à electricidade estática acumulada naquela tenda. Nós somos um perigo ambulante!
- Temos a história da rã (ou sapo!) que me apareceu no lado de fora do saco cama. Chegámos nós muito bem a "casa", vindos da praia, e eis que o António se desata a rir e a dizer: "Tenho aqui um sapo a olhar para mim Cecília. E está no teu saco cama!" E eu a pensar que ele tava a gozar nem liguei. Quando fui ver deparei-me com esse acontecimento. Era ver o António a pegar num saco do lixo, colocá-lo na mão e tentar apanhar o anfíbio. E ainda descrevia as sensações. E mais não vou dizer sobre o fim do bicho. A protecção dos animais ainda me processa.
- Temos as histórias infelizes com gente que pensava que éramos criados. (É só para verem que não é tudo rosas naquele iglo!)
- Temos a história da tempestade que não nos demoveu do parque de campismo. Foi prái a história que mais me faz rir! (a seguir à do buraco no plástico!) Torreira, num dia de Setembro de 2008. O dia parecia aparentemente normal, até que começou a enublar, a escurecer fortemente o céu e a chover. Os 3 peregrinos (Eu, Mena e o António) fechamo-nos dentro da barraca. Chegou a noite e eram previstas "pioras". Como já estávamos fartos de estar ali decidimos ir à Estação da Luz. Quando voltamos estava a chover e ficámos tipo pitos por correr do carro à tenda. E nós a pensar que o pior era isto! Nah! Ainda faltava muito... Como estávamos fechados dentro dos quartos a dormir, só quando começou a chover dentro da tenda e as muralhas de areia que rodeavam a tenda se desfizeram é que nos apercebemos que a coisa estava preta. 9h da manhã e os "tristes" com a pá e sacos de plástico a reforçar as muralhas de areia e à chuva. Quando demos por terminada a nossa missão lá fomos tentar dormir. Eram quartos a ressoar e o António coitadinho a levar com pingos em cima. Como se ainda não bastasse desata um dilúvio e uma ventania de tal ordem que era bom não nos arrancar a tenda. Era ver a tenda a abanar por todos os lados. Era a chuva a bater de tal forma que parecia que a ia furar. Juro mesmo que parecia um tufão ou uma tempestade severa. E que fizémos nós? Deu-nos para a parvalheira e só dizíamos literalmente merda! Ainda ligámos a televisão e tivemos a ver bonecada, a Fátima Lopes e mais uns tristes. Era o dia do gozo total... e aquilo lá fora piorava! Acho que nos passou pela cabeça a todos a ideia de ficarmos sem tenda ou de voarmos dentro dela. E a safa mesmo foi termos enterrado bem a tenda... Senão acho que já tinha ido às nuvens. Somos duros e resistentes e ficámos até ao fim. Após isso foi ver um sol esplendoroso no céu. Olha merdinha para ele!
- Temos as histórias das hilariantes montagens da "barraca". Ainda hoje foi uma delas. Ora bem... Combinámos às 9h da manhã nos juntarmos para tomar o pequeno almoço. Pois bem. A noite ontem foi mais longa do que esperado. E por um milagre mesmo acordei a tempo... de os apanhar a acabar de comer! Com aquele cheiro a pão e pastéis só fui capaz de dizer: "Um compal vital por favor, FRESCO!" Como podem ver forças, cabeça e disposição para montar 2 tendas (uma de 3 quartos e outra de 2!) era tipo zero. Mas não podia falhar aos meus meninos. Lá fomos nós, todos catitas arranjar um espacinho digno das nossas pessoas. Lá o encontramos. Mas estava tudo com uma vontade pior que a minha que tivemos lá quase 3h. Mas foram três horas fantásticas. Só nos riamos com trocadilhos do tipo "montar", "enfiar o pau", "algodão doce = teias de aranha no pau", etc. Custava era baixar-me para colocar as pias (espias segundo o António) e estar dentro da tenda. Estava literalmente um forno. Era ver-nos quais trolhas de tronco nu (eu de biquini pois está claro!) a beber água, sprite e minis e a transpirar que nem uns burros. No fim, ficámos com o estaminé montado mais ou menos como queríamos e estamos aqui todos desejosos de o habitar. Eu bem que fiquei tentada a deixar o trabalho de parte e deitar-me lá a dormir... mas não me deixaram!
Agora é mesmo esperar pelas aventuras deste ano, pelas conversas ricas em risos e sorrisos, pelos momentos bem passados a vosso lado. Porque é sem dúvida fascinante ter uma amizade como a vossa, uma festa como esta e as duas coisas perfeitamente aliadas. Já tenho saudades! Porque é que nunca mais chega dia 1?