O meu perfil é duro como o perfil do mundo. Quem adivinha nele a graça da poesia? Pedra talhada a pico e sofrimento, É um muro hostil à volta do pomar. Lá dentro há frutos, há frescura, há quanto Faz um poema doce e desejado; Mas quem passa na rua Nem sequer sonha que do outro lado A paisagem da vida continua.
Não temerei, não temerás Os salteadores que espreitam lá...
quinta-feira, agosto 28, 2008
Tentando sentir o significado antigo de tais palavras...Y
A diversidade, longe de conduzir necessariamente a divisões ou rivalidades, traz consigo a promessa d enriquecimento mútuo e de alegria.Sem vida interior não poderíamos permanecer firmes nas nossas decisões.
O Evangelho convida-nos a dar o primeiro passo em direcção ao outro, sem termos antecipadamente a garantia de reciprocidade.
Em algumas situações, em particular quando há rupturas nos afectos, a reconciliação pode parecer inalcançável. Recordemos então que o desejo de reconciliação já é o seu começo. Cristo toma sobre si próprio o que pensamos não ter saída, e nós podemos confiar-lhe o que precisa ser curado.
A reconciliação pode transformar em profundidade qualquer um de nós. Não desanimemos perante a complexidade dos problemas! Não esqueçamos que podemos começar com pouco. Saberemos escutar o outro em situações de conflito? Muitas separações seriam então menos dolorosas. Esforcemo-nos por nos colocar no lugar do outro.
Seremos capazes de chegar ao ponto de perdoar? Não se trata de esquecer um passado doloroso, nem de sermos cegos face a situações actuais de injustiça. Mas o Evangelho chama-nos a ultrapassar a memória das feridas pelo perdão e mesmo a ir para além da nossa espera de um gesto de resposta. Encontraremos assim a liberdade.
Em todos nós há o desejo de um futuro feliz. Mas podemos ter a impressão de ser condicionamos por muitos limites e por vezes ser surpreendidos pelo desânimo. No entanto, Deus está sempre presente no nosso caminho.
A sua presença torna-se perceptível quando assumimos as situações da nossa vida tal como elas são, de forma a criar a partir do que existe. Ninguém gostaria de se atolar em sonhos de uma vida idealizada. Aceitemos aquilo que somos e também o que não somos. Procurar um futuro feliz implica fazer escolhas.
Jovem, podes ter medo e ser tentado a não escolher para guardar todas as possibilidades em aberto. Mas como poderás realizar-te se permaneceres na encruzilhada? Aceita que haja em ti uma espera não realizada e mesmo questões que não estão resolvidas. Confia-te com um coração transparente. Há sempre pessoas que te podem escutar. Ser escutado, desta forma, ao longo do tempo, há-de ajudar-te a discernir como te podes entregar totalmente.
Crescerá então o desejo de fazer juntos tudo o que pode ser feito. O que nos une é mais importante do que aquilo que nos separa: deixemos transparecer esta realidade para a nossa vida! by Carta de Cochabamba*
Vagueia-se ao acaso, dão-se passos incertos. Cabeça baixa, coração apertado, medos camuflados. À medida que o trajecto se vai desenhando, vou enfrentando o desconhecido de sensações que me vão aguardando. As imperfeições daquelas pedras da calçada misturam-se com a beleza das flores que transporto em mãos. De repente tudo se conjuga e tornam-se somente artifícios de um caminho que é só meu.
Á medida que caminho se faz vai chegando um certo consolo... Vem até mim em forma de sorrisos e força, como que a indicar que permanecemos unidos nesta (estranha) luta.
Mas falta os traços característicos do teu rosto. Não importa o que transmite, não importa se não está exactamente igual. Basta que eu o veja para absorver parte de energia e força que vão faltando.
Olhas fixamente. Vejo-me reflectida nessas lágrimas que teimam em jorrar dos teus olhos. Não, não digas nada. Sente, aperta a minha mão. Ficas com algo só meu que irá ter a grandiosa missão de te manter em segurança. Fecha-o, aprisiona-o. Nunca o largues, nunca me largues.
A distância começa a aumentar, existe novamente o espaço escuro que nos impede de contemplar.
Eis que voltas a aparecer. Feições carregadas, quem sabe desesperadas mas fragilmente fortes. Acredito que a sonoridade que te envolveu, mostrou que o tempo irá eternizar tudo aquilo que achares por bem eternizar.
Mais uma vez o caminho se fez a andar. Rodeados de gente mas exactamente sós. De novo o rosto, de novo a vontade de proteger e amparar... O coração ficou pequenino e a dor e a mágoa foi partilhada. Eram mosquetões e mosquetões de segurança a tentar simplesmente que te mantesses igual a ti mesmo. Contemplações e mais contemplações. Pormenores faciais que falaram por si e que bastaram para que depois o abraço fosse forte o suficiente para conseguir um sorriso.
Lembremo-nos que sozinhos nem sempre aguentamos. Então abriste-me a mão e pediste-me para que eu lhe fizesse o que um dia te fiz. E eu tremi. Eu gelei. Por segundos tudo se desmoronou para no minuto seguinte se erguer. Forçaste-me a obter a força que julguei perdida...
E é quando temos pessoas que nos abraçam sem motivo, que nos olham e sorriem, que nos olham e choram, que nos abrem as portas de casa, que acreditam em nós, é exactamente com elas, nelas e pelos seus actos que encontramos peças dessa felicidade que todos pretendemos alcançar um dia.
(...)
E agora continua-se a caminhar. Novos rumos, novas aventuras. O desconhecido chama-me ferozmente para os lados de França. Quem sabe não ouvirei essas grandes vozes e voltarei com a resposta para a célebre pergunta: "Qual é o sentido da vida?"
Por agora só existe mesmo um grito de alma, cansado mas necessitado...
Existem momentos em que gostaríamos muito de ajudar determinada pessoa, mas não podemos fazer nada. Ou as circunstâncias não permitem que nos aproximemos, ou a pessoa está fechada a qualquer gesto de solidariedade e apoio.
Diz o mestre: Resta-nos o amor. Nos momentos em que tudo o mais é inútil, ainda podemos amar. Se conseguirmos agir desta maneira, a energia do amor começa a transformar o universo à nossa volta. Quando essa energia aparece, consegue sempre realizar o seu trabalho.
Hoje sou eu que te dou isto!*
Acredito na tua força e estarei sempre deste lado!*
Nós na roda!! *Catarina e Ricardo: São uma simpatia =)
Olhá protecção com sabor!!! (com direito a pulseira) =P
Próxima música do Jorge Palma!
Voltas e mais voltas. Impedimentos e desgaste quase ditaram a desistência. Mas não. Não querias que fosse assim. Km e mais km. Saco às costas, pessoal à espera, desanuviar um pouco. Fui! Sorrisos envergonhados, sorrisos pequeninos, sorrisos provocados. Paciência e mais paciência. No fim, um sorriso sincero, energias (quase) restabelecidas e sentido de importância a voltar... Foi isto que trouxe do Sudoeste 2008 =P
PS: Um beijinho aqueles voluntários extrordinários (Catita, Emanuel, Tiago, etc.), à Margarida e ao Fred que até foram uns "taxistas" altamente; Pedro, Francisco, pessoal do Music Card CP, pessoal de Viana, obrigado pelo espírito! Cantorias, viagens atribuladas, poeiras, escaldões, noitadas, banhos originais, etc! Para o ano há mais! =P
PS1: Nunca saíram do meu pensamento nem do meu coração =): JFDCARMFCAFMPCAJMTT!
Dos melhores e mais sinceros gritos de alma dos últimos tempos...
Mais uma vez a presença constante, a sombra que guia...
O desafio aceite!
The End!
sexta-feira, agosto 01, 2008
"E quando à tua frente se abrirem muitas estradas e não souberes a que hás-de escolher, não te metas por uma ao acaso, senta-te e espera. Respira com a mesma profundidade confiante com que respiraste no dia em que vieste ao mundo, e sem deixares que nada te distraia, espera e volta a esperar. Fica quieta, em silêncio e ouve o teu coração. Quando ele te falar, levanta-te e vai para onde ele te levar."
"É necessário agora que eu diga que espécie de homem sou. Meu nome, não importa, nem qualquer outro pormenor exterior meu próprio. Devo falar de meu caráter. A constituição inteira de meu espírito é de hesitação e de dúvida. Todas as coisas oscilam em torno de mim, e, com elas, uma incerteza para comigo mesmo. Tudo para mim é incoerência e mudança. Tudo é mistério e tudo está cheio de significado. Todas as coisas são 'desconhecidas', simbólicas do Desconhecido. Pelas minhas próprias tendências naturais, pelo ambiente que me cercou a infância, pela influência dos estudos realizados sob o impulso delas (dessas mesmas tendências), por tudo isto meu caráter é da espécie interiorizada, concentrada, muda, não auto-suficiente, mas perdida em si mesma. Toda a minha vida tem sido de passividade e de sonho".
Fernando Pessoa