Recolhida dentro de quatro paredes tão especiais fizeste surgir esta música.
Pediste para fecharmos os olhos e para sentirmos cada acorde, cada palavra... Pediste para sairmos de nós mesmos. E eu saí.
Voei para fora deste mundo palpável e entrei naquele mundo de fantasia tantas vezes esquecido. Aquele mundo onde tudo é possível!
E vi de perto o céu, o sol. E senti a brisa do vento a entranhar-me na pele. Fantástico.
Depois desci um pouco e reparei na beleza da natureza. Senti o aroma das flores, o macio da erva, ouvi o canto dos pardais e sonhei ser uma borboleta.
Depois fui junto do mar e molhei os pés. Recolhi o sal daquelas gotas que se depositaram no meu corpo e coloquei-o na terra. Fui o "Sal da Terra".
Caminhei mais um pouco e o dia começava a chegar ao fim... O pôr do sol chegou de mansinho e pintou de cor de laranja o cenário que me rodeava.
Com o último rasto de sol, ainda pude reparar nos rostos que me acompanham dia após dia. E sorri...
Quando abri os olhos reparei que todo esse mundo que achei de fantasia afinal era bem real e estava ao meu alcance todos os dias...
And I think to myself: "What a wonderful world!"
Os nossos sonhos só podem ser realizados aqui, onde nos encontramos. Estejamos atentos aos sinais, estejamos atentos à beleza.
Vamos viver, cada vez com mais entusiasmo, o admirávelmundonovo? Que cada dia conte!
PS: Soubeste ser o meu arco-íris quando precisei. Fizeste-me deslumbrar perante pequenas coisas. O mundo ficou bem mais extraordinário porque Ele vive sem dúvida em mim e no que me rodeia! Adoro-te!
Chapadas, cabeçadas, lágrimas e mais uns tantos sentimentos negativos que provocam dores fortes no estomâgo
Por vezes somos assolados por situações menos boas no decurso do dia... Pensamos que o dia está condenado à desgraça e a vontade de lutar por ele esmorece.
Porquê a mim? Mas isto é alguma perseguição? Não tenho o direito de ter um pouco de estabilidade?
Então, há assim uns anjos que nos acompanham sempre e conseguem mexer os cordelinhos para que limpemos os olhos e vejamos o dia de uma forma mais colorida.
Lágrimas que esvaziam o coração, sorrisos que forçam a sua chegada a um rosto desgastado
E nestes dias apenas é necessário uma presença física ou uma voz ternurenta do outro lado.
Força! Tu consegues! Ergue a cabeça mais uma vez!
Depois de viagens atribuladas, depois de desabafos, depois de confiar mais uma vez é hora de sentir a leveza da partilha.
Leve! Sinto-me leve... porque agora os meus segredos são também teus!
Obrigado por estarem presentes. Obrigado por me guiares. Obrigado só porque sim.
A cada dia que passa tudo muda um pouco. Pode ser ou não de acordo com as nossas expectativas mas a mudança é inerente...
Hoje posso dizer que muitas pessoas mudaram estes últimos dias...
Foram sorrisos, lágrimas, olhares, abraços, beijos... Tudo brotava cá para fora de uma maneira tão pura... E eu sentia tanta falta dessa pureza...
Faltava o brilho dos olhares e dos toques... Faltava a força do abraço que nos faz sentir seguros... Faltavam as lágrimas que, por muito controlo que houvesse, necessitavam de sair... Faltava a reciclagem de uma alma que se encontrava poluída demais...
E toda a caminhada que foi planeada deu frutos... Muitos e bons frutos...
É bonito demais estar a assistir ao desenrolar dos acontecimentos e, mesmo que se tenha projectado um futuro, ele acabará por ter sempre um toque de novidade, um toque de surpresa e um toque de magia.
E ainda bem que trilhaste o caminho deste jeito. Foi bom lutar contra adversidades, foi bom lutar contra a vontade de desistir, foi bom ter que tomar decisões.
E sabes porquê? Porque me recompensaste da melhor forma que existia... Fazendo chegar até mim grandes provas de amor vindas das mais variadas pessoas!
Hoje simplesmente tatuo no tempo a grande obra que fizeste em mim: aumentaste o meu coração, deste-lhe uma maior capacidade de perdoar e amar.
É isto que pretendes de mim?
Eu vou continuar a caminhar amigo...
E tu? Sim tu que estás a ler este blogue? Queres acompanhar-me nesta caminhada? O caminho torna-se bem mais agradável quando vamos acompanhados...
Que os teus próximos dias sejam novos dias como os meus estão a ser... cheios de tudo aquilo que pretendes! Não te esqueças de lutar por eles.
E as respostas que procuras estão onde menos esperas... Ontem estiveram num livro! Amanhã poderão estar numa ferida sarada!
Um sopro de alma bem delicioso que só pretende transmitir que não há causas perdidas nem situações impossíveis para a nossa persistência elouquente...
Fertilizamos o momento com lágrimas provenientes do nosso coração...
Não há forma de controlar, não há forma de parar os coros que se querem fazer ouvir.
Sentiremos na pele a dureza da persistência, sentiremos na pele a necessidade de amar...
Deixemos que Alguém oriente os nossos passos com a paz devida...
Olharemos em volta e o sentimento será de pequenez... Mas irá ressurgir o sentimento de grandiosidade um dia entregue como herança...
Não será um fim mas um início porque a eternidade é-nos oferecida... Acreditemos e os nossos actos não serão meros pontos no tempo... Serão pontos cruciais que um dia serão relembrados com sorrisos e lágrimas, abraços e palavras...
Cansaço, Amor, Ansiedade, alguma tristeza e muita força assolam a bateria desta minha vida...
Hoje será por ti e para ti...
Obrigado a Ti por criares algo capaz de me mover e de mover multidões...
Puzzles de palavras, quebra cabeças de acontecimentos, correria de sons e cores numa vida desajeitada mas única....
Balançando entre marcas de tinta em folhas de papel e memórias fotográficas de acontecimentos, existe a vontade de criar. Criar algo diferente, humilde, simples... Uma obra nossa!
Queremos que ela nasça no meio da união de vidas tão estranhas e cintilantes. Choque de ideias e necessidades muito próprias ditarão a sua forma final...
Depositaremos nela todas as imperfeições que nos caracterizam para que possam transparecer a perfeição da nossa união...
E surgirão em nós velocidades estonteantes de sons, cores, palavras.... e,especialmente, velocidades estonteantes de sentimentos!
Juntamo-nos ali para vos apoiar e para dar o que de melhor temos: a Amizade! A Igreja esteve convosco, para vos ver mais uma vez a sairem vencedores de um projecto pelo qual arriscaram...
Foi tempo de darmos um pouco do nosso calor humano e cristão para que sentissem que não estavam sozinhos.
Agora especialmente para ti: será sempre tempo de proclamar estas palavras, com humildade...
Porque me falas a mim, isso eu não sei
Mas sei que quero ser, sei que quero viver
Para ser a Tua voz.
Porque um dia Alguém nos uniu...
Com orgulho,
Cecy YYY
domingo, novembro 30, 2008
Sempre contigo nas adversidades! Sabes que sim Amigo!
Damos passos firmes num caminho novo, estranho, estreito e obscuro...
Estamos lado a lado e só nos temos um ao outro... Não temos medo...
Olhamos em volta e reparamos que a noite nos envolve num luar diferente... Conseguimos, com a sua ajuda, vislumbrar qualquer coisa alta, espetada numa terra tão fértil... Forma esguia e feita de algo que reflectia um brilho muito próprio...
Tochas... 3 tochas estavam presentes ao longo desse caminho tão nosso... 3 tochas .... apagadas!
Insisti em avançar na escuridão... Mas tu voltaste atrás! Não para caminhar diferente mas para iluminar o nosso caminho...
Sabes bem que a chama nunca se irá apagar... E mesmo que a encontremos apagada temos a missão de a tornar a acender...
Porque um dia Ele assim quis que acontecesse... Tu iluminaste, eu deixei...
Em mim deixaste um sorriso tão sincero e feliz... a renovação de algo que jamais se irá esgotar!...
Sentes aquela dor. Aquela dor como que a dividirem-te em dois...
Palavras, gestos, decisões, falta delas... Causas e mais causas para um corte abrupto no centro das emoções: o (teu) coração...
São fornecidas mil e uma curas milagrosas pelos mesmos causadores de tal corte... Mas esquecem-se que a cura é lenta, é preciso paciência e vontade de reparação...
Então existe o afastamento... Existe o tempo a dividir a "vítima" e o "culpado" para que os dois pedaços resultantes do corte tenham tempo para tentar um novo crescimento....
Mas é duro... A recuperação tem vários retrocessos, a ânsia de que esses pedaços se voltem a unir torna-se uma obcessão e repara-se que pouco ou nada foi conseguido...
Hiberna-se para que as memórias não infeccionem o corte... Guarda-se dentro de caixas isoladas o máximo de coisas que façam recordar... Já se vê um início de união...
Ainda há muito para fazer...
(...)
Até que surge uma ideia... Uma ideia difícil de pôr em prática mas não impossível...
Tentar o perdão...
Reatar o contacto, maximizando a prevenção.... Dar uma hipótese de perpetuar momentos tão únicos e mágicos... Mesmo que haja reviravoltas na ligação...
Então o trabalho será feito a dois... Será "obrigada" a junção das duas partes pelo fio da vida que um dia as uniu... Serão pólos opostos, ligados por este fio... Tentarão evitar os erros, tentarão fazer sorrir, tentarão que algo impeça de novo um corte... Prometem lutar juntas para que um dia não seja preciso mais esse fio, para que se bastem uma à outra...
Momentos deliciosos de uma Latada que ficará para sempre na memória...
Beijinho bom*
PS: Também não irei esquecer o jantar e a noite de Vila Real... Outro espaço, outras pessoas, outra intensidade, outra magia... Diferente mas essencial...
Unimos as inseguranças às necessidades, as necessidades a vontades, as vontades a medos e os medos às forças ocultas do nosso próprio ser. Perspectivamos verdades mas precisamos de certezas, do concreto. Então parte-se em busca dessas certezas. Somos envolvidos por pensamentos de perdas inevitáveis mas o futuro está à nossa frente e o incógnito é o melhor escape para a dor que resultará. Não há tempo de olhar para trás. Não há tempo de repensar, de imaginar algo diferente. Há sim necessidade de focalização, necessidade de libertação...
Porque tudo tem um tempo e uma magia muito própria!*
O facto de se tentar evitar qualquer mudança na vida não torna ninguém mais seguro ou mais dono da situação.
A vida é - e será sempre – inesperada. Mesmo que certas pessoas procurem empobrecê-la o mais possível. Quando Deus percebe que determinada pessoa tem que dar um passo em frente, Ele faz com que essa pessoa caminhe - com ou sem vontade de andar.
É melhor darmos os passos necessários, com coragem, antes que sejamos forçados a dá-los. Para aqueles mais indecisos, Deus costuma usar certas ferramentas - geralmente interpretadas como “castigos”, ou “mudanças repentinas”. No final, mesmo os indecisos, vão perceber a sabedoria destas mudanças - mas, até lá, terão sofrido desnecessariamente.
Então, Ele forçou-me e eu dei esses passos... Agora resta-me sorrir...
Para a próxima saberei não sofrer desnecessariamente...
Porque existem pessoas que teimam em acreditar e colorir os meus dias... =)
Quantas manhãs, não pararias tu para escutar o som do nevoeiro...aquele som que não escutas, mas de uma forma mágica ou paranormal sentes sussurrar-te ao ouvido um friozinho suave na face...
Junto ao mar, surgem imensas vezes estes nevoeiros, que afirmam aromas salinos e provocam assim um aroma diferente em cada manhã...mas no alto mar…não acontecem estes mesmos sabores.
...não são sabores suaves, mas sim agrestes e cheios de receios, pois muitas vezes não se vê nada em redor...e...
...e não existe terra firme para pisar e sentir a segurança.
Mas são estas ancoragens sem Sopros...que perduram e sustentam uma vida singular e especial. No meio da imensidão de um mar sem vista, sem segurança, sem possibilidades imediatas...cresce uma adrenalina selvagem, que afinal apenas quer e tem como essência um único significado...
Sobrevivência...
Os nevoeiros de alto mar são assim...como diria, hummmm...
...são como passagens secretas para uma nova oportunidade, para uma...nova Vida. Sim poderia definir desta forma estes nevoeiros. Quantas e quantas vezes, não imaginamos a possibilidade de chegar...lá! Quantos segredos estão escondidos num manto forte, baço e frio.
Mas...quando sustemos e não sucumbimos a esta adrenalina louca, quase com nome "medo", as linhas de um novo rosto surgem e as marcas que ficaram demarcadas naquele rosto, são a única substância que resta para mostrar...aquele momento de incertezas.
Não é como os nevoeiros da costa, que podemos descer a Vela do nosso barco e ancorar sem sopros que nos levem...
No entanto são inevitavelmente iguais...ambos passam e trazem de volta o mais clarear das cores.
E então aí surge um novo ressurgir, um novo querer de Sopro...para que Ele nos leve para onde depositamos uma Vida...um Querer...um Existir...um...Eu.
Ancoragem...sem Sopros...
Certezas...com a própria essência residente e constituinte do próprio Ser...
Mas nada nem ninguém conhece o que irá acontecer nesse caminho ou os pensamentos de um ser perfeito na sua imperfeição...só Ele tem essa virtude e “castigo” de acompanhar o velejar de cada um dos que criou, diferentes e tão iguais. Na simples maravilha de te tornar tão especial como complicado, mas sendo Dele e para Ele a maior das suas obras.
Por isso sinto a música que te deixo de uma forma apaixonante...são letras individuais que se juntaram numa cabeça, num Ser...que num momento de transcendência para mim...deixou uma mensagem tão directa e pessoal, que me faz rebentar por dentro com a realidades destas palavras...e Viver.
Para ti, uma libertação única e própria deste ser que procuras conhecer, mesmo quando pensas saber já muito dele...entendes que nada sabes e isso, bem isso proporciona-te viagens únicas e cheias de cultivo próprio, onde eu aprecio o teu crescer e revejo o meu...fico feliz.
Às vezes é preciso aprender a perder, a ouvir e não responder, a falar sem nada dizer, a esconder o que mais queremos mostrar, a dar sem receber, sem cobrar, sem reclamar.
Às vezes é preciso respirar fundo e esperar que o tempo nos indique o momento certo para falar e então alinhar as ideias, usar a cabeça e esquecer o coração, dizer tudo o que se tem para dizer, não ter medo de dizer não, não esquecer nenhuma ideia, nenhum pormenor, deixar tudo bem claro em cima da mesa para que não restem dúvidas e não duvidar nunca daquilo que estamos a fazer.
E mesmo que a voz trema por dentro, há que fazê-la sair firme e serena, e mesmo que se oiça o coração bater desordenadamente fora do peito é preciso domá-lo, acalmá-lo, ordenar-lhe que bata mais devagar e faça menos alarido, e esperar, esperar que ele obedeça, que se esqueça, apagar-lhe a memória, o desejo, a saudade, a vontade.
Às vezes, é preciso partir antes do tempo, dizer aquilo que mais se teme dizer, arrumar a casa e a cabeça, limpar a alma e prepará-la para um futuro incerto, acreditar que esse futuro é bom e afinal já está perto, apertar as mãos uma contra a outra e rezar a um Deus qualquer que nos dê força e serenidade.
Pensar que o tempo está a nosso favor, que a vontade de mudar é sempre mais forte, que o destino e as circunstâncias se encarregarão de atenuar a nossa dor e de a transformar numa recordação ténue e fechada num passado sem retorno que teve o seu tempo e a sua época e que um dia também teve o seu fim.
Às vezes, mais vale desistir do que insistir, esquecer do que querer, arrumar do que cultivar, anular do que desejar. No ar ficará para sempre a dúvida se fizémos bem, mas pelo menos temos a paz de ter feito aquilo que devia ser feito, somos outra vez donos da nossa vida e tudo é outra vez mais fácil, mais simples, mais leve, melhor.
Às vezes, é preciso mudar o que parece não ter solução, deitar tudo abaixo para voltar a construir do zero, bater com a porta e apanhar o último comboio no derradeiro momento e sem olhar para trás, abrir a janela e jogar tudo borda fora, queimar cartas e fotografias, esquecer a voz e o cheiro, as mãos e a cor da pele, apagar a memória sem medo de a perder para sempre, esquecer tudo, cada momento, cada minuto, cada passo e cada palavra, cada promessa e cada desilusão, atirar com tudo para dentro de uma gaveta e deitar a chave fora, ou então pedir a alguém que guarde tudo num cofre e que a seguir esqueça o segredo.
Às vezes, é preciso saber renunciar, não aceitar, não cooperar, não ouvir nem contemporizar, não pedir nem dar, não aceitar nem participar, sair pela porta da frente sem a fechar, pedir silêncio, paz e sossego, sem dor, sem tristeza e sem medo de partir.
E partir para outro mundo, para outro lugar, mesmo quando o que mais queremos é ficar, permanecer, construir, investir, amar.
Porque quem parte é quem sabe para onde vai, quem escolhe o seu caminho e mesmo que não haja caminho porque o caminho se faz a andar, o sol, o vento, o céu e o cheiro do mar são os nossos guias, a única companhia, a certeza que fizemos bem e que não podia ser de outra maneira.
Quem fica, fica a ver, a pensar, a meditar, a lembrar.
Até se conformar e um dia então ESQUECER.
Jewel - Foolish Games
Um desafio aceite...
Porque precisava, porque insististe, simplesmente porque sim...
Quando as palavras ficam presas... Quando o simples acto de respirar é realizado com dificuldade... Quando a mágoa fere o coração e o aperta... Quando os olhos ficam tristes... Quando...
O meu perfil é duro como o perfil do mundo. Quem adivinha nele a graça da poesia? Pedra talhada a pico e sofrimento, É um muro hostil à volta do pomar. Lá dentro há frutos, há frescura, há quanto Faz um poema doce e desejado; Mas quem passa na rua Nem sequer sonha que do outro lado A paisagem da vida continua.
Não temerei, não temerás Os salteadores que espreitam lá...
quinta-feira, agosto 28, 2008
Tentando sentir o significado antigo de tais palavras...Y
A diversidade, longe de conduzir necessariamente a divisões ou rivalidades, traz consigo a promessa d enriquecimento mútuo e de alegria.Sem vida interior não poderíamos permanecer firmes nas nossas decisões.
O Evangelho convida-nos a dar o primeiro passo em direcção ao outro, sem termos antecipadamente a garantia de reciprocidade.
Em algumas situações, em particular quando há rupturas nos afectos, a reconciliação pode parecer inalcançável. Recordemos então que o desejo de reconciliação já é o seu começo. Cristo toma sobre si próprio o que pensamos não ter saída, e nós podemos confiar-lhe o que precisa ser curado.
A reconciliação pode transformar em profundidade qualquer um de nós. Não desanimemos perante a complexidade dos problemas! Não esqueçamos que podemos começar com pouco. Saberemos escutar o outro em situações de conflito? Muitas separações seriam então menos dolorosas. Esforcemo-nos por nos colocar no lugar do outro.
Seremos capazes de chegar ao ponto de perdoar? Não se trata de esquecer um passado doloroso, nem de sermos cegos face a situações actuais de injustiça. Mas o Evangelho chama-nos a ultrapassar a memória das feridas pelo perdão e mesmo a ir para além da nossa espera de um gesto de resposta. Encontraremos assim a liberdade.
Em todos nós há o desejo de um futuro feliz. Mas podemos ter a impressão de ser condicionamos por muitos limites e por vezes ser surpreendidos pelo desânimo. No entanto, Deus está sempre presente no nosso caminho.
A sua presença torna-se perceptível quando assumimos as situações da nossa vida tal como elas são, de forma a criar a partir do que existe. Ninguém gostaria de se atolar em sonhos de uma vida idealizada. Aceitemos aquilo que somos e também o que não somos. Procurar um futuro feliz implica fazer escolhas.
Jovem, podes ter medo e ser tentado a não escolher para guardar todas as possibilidades em aberto. Mas como poderás realizar-te se permaneceres na encruzilhada? Aceita que haja em ti uma espera não realizada e mesmo questões que não estão resolvidas. Confia-te com um coração transparente. Há sempre pessoas que te podem escutar. Ser escutado, desta forma, ao longo do tempo, há-de ajudar-te a discernir como te podes entregar totalmente.
Crescerá então o desejo de fazer juntos tudo o que pode ser feito. O que nos une é mais importante do que aquilo que nos separa: deixemos transparecer esta realidade para a nossa vida! by Carta de Cochabamba*
Vagueia-se ao acaso, dão-se passos incertos. Cabeça baixa, coração apertado, medos camuflados. À medida que o trajecto se vai desenhando, vou enfrentando o desconhecido de sensações que me vão aguardando. As imperfeições daquelas pedras da calçada misturam-se com a beleza das flores que transporto em mãos. De repente tudo se conjuga e tornam-se somente artifícios de um caminho que é só meu.
Á medida que caminho se faz vai chegando um certo consolo... Vem até mim em forma de sorrisos e força, como que a indicar que permanecemos unidos nesta (estranha) luta.
Mas falta os traços característicos do teu rosto. Não importa o que transmite, não importa se não está exactamente igual. Basta que eu o veja para absorver parte de energia e força que vão faltando.
Olhas fixamente. Vejo-me reflectida nessas lágrimas que teimam em jorrar dos teus olhos. Não, não digas nada. Sente, aperta a minha mão. Ficas com algo só meu que irá ter a grandiosa missão de te manter em segurança. Fecha-o, aprisiona-o. Nunca o largues, nunca me largues.
A distância começa a aumentar, existe novamente o espaço escuro que nos impede de contemplar.
Eis que voltas a aparecer. Feições carregadas, quem sabe desesperadas mas fragilmente fortes. Acredito que a sonoridade que te envolveu, mostrou que o tempo irá eternizar tudo aquilo que achares por bem eternizar.
Mais uma vez o caminho se fez a andar. Rodeados de gente mas exactamente sós. De novo o rosto, de novo a vontade de proteger e amparar... O coração ficou pequenino e a dor e a mágoa foi partilhada. Eram mosquetões e mosquetões de segurança a tentar simplesmente que te mantesses igual a ti mesmo. Contemplações e mais contemplações. Pormenores faciais que falaram por si e que bastaram para que depois o abraço fosse forte o suficiente para conseguir um sorriso.
Lembremo-nos que sozinhos nem sempre aguentamos. Então abriste-me a mão e pediste-me para que eu lhe fizesse o que um dia te fiz. E eu tremi. Eu gelei. Por segundos tudo se desmoronou para no minuto seguinte se erguer. Forçaste-me a obter a força que julguei perdida...
E é quando temos pessoas que nos abraçam sem motivo, que nos olham e sorriem, que nos olham e choram, que nos abrem as portas de casa, que acreditam em nós, é exactamente com elas, nelas e pelos seus actos que encontramos peças dessa felicidade que todos pretendemos alcançar um dia.
(...)
E agora continua-se a caminhar. Novos rumos, novas aventuras. O desconhecido chama-me ferozmente para os lados de França. Quem sabe não ouvirei essas grandes vozes e voltarei com a resposta para a célebre pergunta: "Qual é o sentido da vida?"
Por agora só existe mesmo um grito de alma, cansado mas necessitado...
Existem momentos em que gostaríamos muito de ajudar determinada pessoa, mas não podemos fazer nada. Ou as circunstâncias não permitem que nos aproximemos, ou a pessoa está fechada a qualquer gesto de solidariedade e apoio.
Diz o mestre: Resta-nos o amor. Nos momentos em que tudo o mais é inútil, ainda podemos amar. Se conseguirmos agir desta maneira, a energia do amor começa a transformar o universo à nossa volta. Quando essa energia aparece, consegue sempre realizar o seu trabalho.
Hoje sou eu que te dou isto!*
Acredito na tua força e estarei sempre deste lado!*
Nós na roda!! *Catarina e Ricardo: São uma simpatia =)
Olhá protecção com sabor!!! (com direito a pulseira) =P
Próxima música do Jorge Palma!
Voltas e mais voltas. Impedimentos e desgaste quase ditaram a desistência. Mas não. Não querias que fosse assim. Km e mais km. Saco às costas, pessoal à espera, desanuviar um pouco. Fui! Sorrisos envergonhados, sorrisos pequeninos, sorrisos provocados. Paciência e mais paciência. No fim, um sorriso sincero, energias (quase) restabelecidas e sentido de importância a voltar... Foi isto que trouxe do Sudoeste 2008 =P
PS: Um beijinho aqueles voluntários extrordinários (Catita, Emanuel, Tiago, etc.), à Margarida e ao Fred que até foram uns "taxistas" altamente; Pedro, Francisco, pessoal do Music Card CP, pessoal de Viana, obrigado pelo espírito! Cantorias, viagens atribuladas, poeiras, escaldões, noitadas, banhos originais, etc! Para o ano há mais! =P
PS1: Nunca saíram do meu pensamento nem do meu coração =): JFDCARMFCAFMPCAJMTT!
Dos melhores e mais sinceros gritos de alma dos últimos tempos...
"É necessário agora que eu diga que espécie de homem sou. Meu nome, não importa, nem qualquer outro pormenor exterior meu próprio. Devo falar de meu caráter. A constituição inteira de meu espírito é de hesitação e de dúvida. Todas as coisas oscilam em torno de mim, e, com elas, uma incerteza para comigo mesmo. Tudo para mim é incoerência e mudança. Tudo é mistério e tudo está cheio de significado. Todas as coisas são 'desconhecidas', simbólicas do Desconhecido. Pelas minhas próprias tendências naturais, pelo ambiente que me cercou a infância, pela influência dos estudos realizados sob o impulso delas (dessas mesmas tendências), por tudo isto meu caráter é da espécie interiorizada, concentrada, muda, não auto-suficiente, mas perdida em si mesma. Toda a minha vida tem sido de passividade e de sonho".
Fernando Pessoa